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Línguas de herança (LH) estão intrinsecamente ligadas aos contextos de imigração e têm sido estudadas pela Sociolinguística, há muito tempo. Nos anos 1970, o pesquisador americano Joshua Fishman determinou que manter uma língua por meio da transmissão intergeracional num contexto de imigração, colonização ou refúgio (language maintenance), ao invés de somente trocar para a língua da sociedade dominante (language shift), significa manter uma herança. O termo se popularizou nos Estados Unidos nos anos 1990, culminando com a criação de um campo de estudos que consolidou-se a partir dos anos 2000 e hoje ocupa lugar especial na Didática de Línguas/Educational Linguistics.
Em meio à comunidade de falantes de português, sabemos que entre brasileiros, o termo foi introduzido no final dos anos 2000, com menções em reuniões de uma comissão de imigrantes; entre portugueses, o termo chegou aos meios acadêmicos na mesma época.
Em meio à comunidade de falantes de português, sabemos que entre brasileiros, o termo foi introduzido no final dos anos 2000, com menções em reuniões de uma comissão de imigrantes; entre portugueses, o termo chegou aos meios acadêmicos na mesma época.
A Brasil em Mente tem exercido um papel importante
nos processos de conscientização sobre o PLH por meio de várias ações,
promovendo recursos e oportunidades para a vitalidade do
português como língua de herança em todo o mundo.
Desde 2014, a BEM oferece de maneira pioneira um programa de formação especificamente voltado à capacitação e profissionalização daqueles que dispõem-se a ensinar o PLH. O programa foi premiado em 2016 pela American Organization of Teachers of Portuguese (AOTP) por sua excelência e pioneirismo e por ele já passaram educadores dos Estados Unidos, México, Canadá, Alemanha, Espanha, Japão e muitos outros países.
Nesta formação propõe-se capacitar e ampliar a experiência daqueles que trabalham (ou desejam trabalhar) com o PLH em um contexto familiar, comunitário, ou mesmo escolar (tendo em vista o crescente número de escolas bilíngues que ensinam a Língua Portuguesa), além de apresentar esse campo de estudos e práticas aqueles que pesquisam essa especialidade da Didática de Línguas. Busca-se também apresentar aos educadores variáveis complexas e incentivá-los a pesquisar e continuar (trans)formando teorias e práticas em busca da concretização da educação de cidadãos bilíngues e plurais.
Nesta formação propõe-se capacitar e ampliar a experiência daqueles que trabalham (ou desejam trabalhar) com o PLH em um contexto familiar, comunitário, ou mesmo escolar (tendo em vista o crescente número de escolas bilíngues que ensinam a Língua Portuguesa), além de apresentar esse campo de estudos e práticas aqueles que pesquisam essa especialidade da Didática de Línguas. Busca-se também apresentar aos educadores variáveis complexas e incentivá-los a pesquisar e continuar (trans)formando teorias e práticas em busca da concretização da educação de cidadãos bilíngues e plurais.
Formação plena do educador,
desde a introdução de
conceitos da Didática de Línguas
e dos Estudos Culturais,
até o desenvolvimento teórico e prático
de uma base pedagógica-cultural sólida -
essa é a essência da formação da BEM.
O material foi organizado por Felicia Jennings-Winterle, fundadora da Brasil em Mente, e conta com a participação adicional de pesquisadores de diferentes áreas e especialidades. O currículo adotado até 2019 (veja o novo, aqui) foi composto por 3 Fases, num total de aproximadamente 300h de profissionalização entre teoria, discussão e prática. Ao final da parte teórica, as participantes foram submetidas a uma avaliação escrita e desenvolveram um trabalho de pesquisa.
Nesta edição não houve chamada de trabalhos. A 6a Conferência sobre o Ensino, Promoção e Manutenção do PLH foi uma grande celebração – estamos formando a primeira turma de educadoras que completaram o programa de formação fundamental. Neste evento elas apresentaram os resultados de suas pesquisas, organizadas em 2 eixos:
- Políticas Linguísticas comunitárias e familiares
- Práticas e reflexões sobre experiências
veja aqui a programação
conheças as formandas
Destaques da programação
Antonieta Megale é doutora em Linguística Aplicada pela Unicamp (2017) e mestre em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2012). Realizou estágio de pesquisa na Universität Viadrina - Alemanha. Atualmente é coordenadora do curso de pós graduação "Educação Bilíngue: desafios e possibilidades" e da extensão do Instituto Singularidades. Atua também como professora do curso de graduação em pedagogia na mesma instituição. É professora do curso "Bilinguismo: Revisão de Teorias e Análise de Dados" da PUC/ COGEAE. Atua como professora visitante em diversos cursos de pós-graduação por todo Brasil. Assessorou diversas escolas regulares e bilíngues na área de construção curricular eformação de professores. No momento, atua como assessora do currículo de línguas adicionais do Colégio Santa Cruz.Tem experiência nas áreas de educação bilíngue, ensino de língua estrangeira, identidades, interculturalidade, multiletramentos e produção escrita em mais de uma língua.
Ana Lúcia de Souza Freitas é pesquisadora sobre a
obra de Paulo Freire, constituindo-a professora e pesquisadora do campo da Pedagogia Crítica. Atuou como professora alfabetizadora, supervisora escolar e assessora pedagógica na rede municipal de Porto Alegre; e foi professora no Ensino Superior em diversas instituições como a UNILASALLE, PUCRS, FURG e Unisinos. Atualmente é pesquisadora visitante da UNIPAMPA, onde segue reinventando o pensamento de Paulo Freire na formação de professores e gestores. É autora dos livros Pedagogia da Conscientização - um legado de Paulo Freire na formação de professores (2001) e Leituras de Paulo Freire - uma trilogia de referências (2014) e co-autora de A gestão da aula universitária na PUCRS (2008) e Paulo Freire em diálogo com outros(as) autores(as) (2013), entre outros. Atualmente vive um "ano sabático" na cidade de luz, Paris, e dedica-se a seu lançamento próximo, gestado por meio das cartas pedagógicas.
obra de Paulo Freire, constituindo-a professora e pesquisadora do campo da Pedagogia Crítica. Atuou como professora alfabetizadora, supervisora escolar e assessora pedagógica na rede municipal de Porto Alegre; e foi professora no Ensino Superior em diversas instituições como a UNILASALLE, PUCRS, FURG e Unisinos. Atualmente é pesquisadora visitante da UNIPAMPA, onde segue reinventando o pensamento de Paulo Freire na formação de professores e gestores. É autora dos livros Pedagogia da Conscientização - um legado de Paulo Freire na formação de professores (2001) e Leituras de Paulo Freire - uma trilogia de referências (2014) e co-autora de A gestão da aula universitária na PUCRS (2008) e Paulo Freire em diálogo com outros(as) autores(as) (2013), entre outros. Atualmente vive um "ano sabático" na cidade de luz, Paris, e dedica-se a seu lançamento próximo, gestado por meio das cartas pedagógicas.