No dia de hoje, começamos com um panorama da imigração de cidadãos lusófonos para a região da Nova Inglaterra, e do status precário do imigrante médio hoje, que sofre com a instabilidade financeira e com um preconceito elevado por conta da nova administração dos EUA. Por conta da estigmatização e falta de manutenção do aprendizado do idioma, os falantes de português como língua de herança estão diminuindo em número, mas por outro lado estão se concentrando nas instituições universitárias – onde suas necessidades específicas nem sempre são satisfeitas pelos programas de ensino de português como língua estrangeira. O falante de herança em geral possui fluência oral e bom vocabulário, mas sofre para ajustar-se às exigências acadêmicas dos programas que encontra das universidades.
Discutiu-se também toda a controvérsia em torno do que é considerado norma no tocante ao português que é ensinado e difundido em diferentes contextos e iniciativas. Há inúmeras variantes e sotaques dentro de nossa língua, e isso deve ser levado em consideração não como argumento para que se estabeleça uma fragmentação ainda maior, mas sim como motivo de aceitação e acolhimento de nossa diversidade linguística. Devemos reconhecer que unidos em nossa diversidade somos muito mais fortes do que divididos por nossas diferenças.
À tarde, refletimos sobre a especificidade do falante de língua de herança: ele transita entre dois (ou mais) mundos; ele tem de conviver com a oposição e preconceitos que ainda existem em torno do bilinguismo, bem como com atitudes desencorajadoras por parte de seus pais; ele desenvolve versatilidade para usar suas habilidades linguísticas dependendo do contexto em que se encontra. A partir disso, podem ser pensados princípios para responder às demandas do falante de herança. O princípio mais importante é partir do que o falante já sabe, para encorajar transferências e aproveitar bases cognitivas. Comparar o português com outros idiomas e tirar daí reflexões e expandir o que se conhece sobre a língua portuguesa é benéfico e representa uma economia cognitiva, em que o saber prévio é respeitado e usado como base para ampliar o saber do falante.
Discutimos também sobre o quanto o saber de uma língua de herança está relacionado às características únicas da trajetória de vida de cada falante: a dimensão biográfica tem uma grande importância sobre o que falante é capaz de produzir em termos linguísticos. A noção de pertencimento e a afetividade têm grande impacto sobre a relação do falante com a língua de herança, e seu repertório de habilidades linguísticas está intimamente relacionado à trajetória da vida daquele sujeito.
Discutiu-se também toda a controvérsia em torno do que é considerado norma no tocante ao português que é ensinado e difundido em diferentes contextos e iniciativas. Há inúmeras variantes e sotaques dentro de nossa língua, e isso deve ser levado em consideração não como argumento para que se estabeleça uma fragmentação ainda maior, mas sim como motivo de aceitação e acolhimento de nossa diversidade linguística. Devemos reconhecer que unidos em nossa diversidade somos muito mais fortes do que divididos por nossas diferenças.
À tarde, refletimos sobre a especificidade do falante de língua de herança: ele transita entre dois (ou mais) mundos; ele tem de conviver com a oposição e preconceitos que ainda existem em torno do bilinguismo, bem como com atitudes desencorajadoras por parte de seus pais; ele desenvolve versatilidade para usar suas habilidades linguísticas dependendo do contexto em que se encontra. A partir disso, podem ser pensados princípios para responder às demandas do falante de herança. O princípio mais importante é partir do que o falante já sabe, para encorajar transferências e aproveitar bases cognitivas. Comparar o português com outros idiomas e tirar daí reflexões e expandir o que se conhece sobre a língua portuguesa é benéfico e representa uma economia cognitiva, em que o saber prévio é respeitado e usado como base para ampliar o saber do falante.
Discutimos também sobre o quanto o saber de uma língua de herança está relacionado às características únicas da trajetória de vida de cada falante: a dimensão biográfica tem uma grande importância sobre o que falante é capaz de produzir em termos linguísticos. A noção de pertencimento e a afetividade têm grande impacto sobre a relação do falante com a língua de herança, e seu repertório de habilidades linguísticas está intimamente relacionado à trajetória da vida daquele sujeito.